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A ideia musical por trás de “Roots” (1996), álbum de maior sucesso da carreira do Sepultura, parecia ousada até mesmo para Glória Cavalera, empresária da banda e esposa do vocalista e guitarrista Max Cavalera.

A revelação foi feita pelo próprio Max, que deixou o grupo justamente após o lançamento de “Roots”, em entrevista ao Heavy 1 TV / Hard Force. As declarações foram apresentadas pelo site Brave Words.
“Roots”, vale lembrar, é notável por explorar influências da música nativa brasileira. Certas faixas do disco foram gravadas em uma tribo Xavante, localizada na região de Camarana, no Mato Grosso.
O ex-integrante do Sepultura disse que confiou justamente no trabalho de Glória para mobilizar o ousado projeto de gravação. “Eu falei: ‘é por isso que eu te tenho, é para fazer acontecer’ (risos). E ela fez acontecer, depois de conversar muito com a gravadora e encontrar as pessoas certas no Brasil para organizar algo desse porte”, declarou.
Max brincou que o trabalho em torno de “Roots”, em alguns momentos, já não era mais sobre música. “Não era nem sobre a música mais, falávamos de uma expedição do National Geographic com mochilas, entrando na floresta”, disse.
A grande inspiração para esse projeto, segundo Cavalera, foi o trabalho de Paul Simon em “Graceland” (1986), álbum gravado em parceria com artistas da África do Sul.
“Foi influenciado por Paul Simon, de verdade. ‘Graceland’ foi o álbum que mais me inspirou para ‘Roots’, pois Paul Simon foi para a África do Sul com o produtor e eles ficaram meses lá, gravando com todos os tipos de músicos. Pensei em fazer isso com o metal, já que nunca havia sido feito e fico muito feliz de termos conquistado isso”, pontuou.
A entrevista completa de Max Cavalera ao Heavy 1 / Hard Force pode ser conferida, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.
Fonte: Whiplash