Olá,
O ator Corey Feldman, estrela-mirim de sucessos dos anos 80 como ‘Os Goonies’, ‘Conta Comigo’ e ‘Os Garotos Perdidos’, foi ao Twitter defender o músico Michael Jackson contra acusações de abuso sexual de crianças, relatadas no documentário Leaving Neverland, que estreou no último domingo 4 na HBO americana.
“Ok, assisti e tudo o que sei é o que eu vivi. Sim, toda experiência foi a mesma… até chegar na parte do sexo. Foi aí que virou La La Land em vez de Neverlad para mim. Nunca falamos sobre sexo além de alguns avisos sobre como sexo era assustador e perigoso”.
“Nunca ele falou palavrões na minha frente, nunca me tocou de modo inapropriado e nunca sugeriu que deveríamos ser amantes de modo algum! Sinto que se as pessoas pudessem ouvir nossas conversas saberiam da inocência delas. Nenhum indício de perversão. Tenho uma fita, estou pensando em divulgá-la, o que poderia…”
“… dar para as pessoas uma prova do que um homem/criança de 30 anos e um menino de 13 anos discutiam, para que todos pudessem ouvir a inocência do nosso relacionamento. De novo, não estava lá quando esses meninos estavam. Mas estava mais ou menos no mesmo período de Jimmy e vi muitas crianças (incluindo meninas) de quem…”
“… ainda sou amigo e nenhum de nós fomos abordados por ele de uma forma sexual. Então, embora esses homens mereçam ter suas vozes ouvidas, as outras crianças que o conheceram e não concordam também merecem. A maioria dos pedófilos são criminosos seriais. Eles não têm autocontrole”
“Então, dada as oportunidades que ele teve comigo e outros, estando sozinho sem pais por perto, como ele controlou esses impulsos tão bem, enquanto foi descaradamente sexual com esses dois garotos? Não encaixa no perfil. Quais outros motivos, além de dinheiro, eles têm? Abandono é um forte número 1”
“Porém, acho um problema o fato de que toda essa coisa mostra um lado, sem a chance de defesa para um homem morte e sem outra evidência além desses dois homens que, como adultos, o defenderam no tribunal. Mas, como nunca saberemos, apenas tenho…”
O filme traz os pontos de vista de Wade Robson e James Safechuck, dois homens que afirmam que Michael Jackson abusou deles quando crianças, em seu sítio conhecido como “Neverland” (a “Terra do Nunca”). A obra vem gerando polêmica desde que a família do artista publicou, em janeiro, uma carta aberta afirmando que o longa incitava um “linchamento público” do cantor e que não apresentava nenhuma prova ou sequer tentava considerar o lado do artista, morto em 2009, e pedindo que a HBO cancelasse sua exibição.
Feldman, que numa autobiografia lançada em 2013 revelou que fora vítima de abuso sexual infantil por figurões poderosos de Hollywood (junto com seu colega de profissão, Corey Haim, falecido em 2010) e que tem sido um porta-voz do tema desde então, parece concordar com essa última afirmação. Numa longa sequência de tuítes publicados na segunda-feira 4, o ator questionou o documentário por “ter um lado só” e por “não trazer nenhuma evidência além das palavras de dois homens que já negaram a história no tribunal”.
Lyllyan
Fonte: Veja & Omelete