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A americana Heather Heyer, de 32 anos, foi a única vítima fatal da violência que tomou conta das tumultuadas manifestações em Charlottesville (Virginia), nos EUA, no fim de semana, que ganharam manchetes do mundo inteiro.
Na sexta-feira, 11/085/17, centenas de homens e mulheres carregando tochas, fazendo saudações nazistas e gritando palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus seguiram pelas ruas da cidade de pouco mais de 50 mil habitantes.
No sábado (12), encorpado por mais membros de organizações de extrema-direita do país, o grupo voltou às ruas da cidade, onde se deparou com manifestações contrárias.
Acompanhada de colegas de trabalho, Heyer, que morava em Charlottesville, foi ao protesto contra o evento dos grupos de extrema-direita.
A assistente jurídica, nascida no Estado de Virgínia, era ativista de direitos civis. Ela morreu depois de ser atropelada por um carro que avançou contra a multidão que participava do protesto.
Tributos a Heather no local do incidente (Foto: Reuters/Justin Ide)
Autoridades locais afirmaram em um comunicado que “nunca” poderão “compensar a morte de um membro na comunidade” e que “este ato de violência insensível abre um vazio” em seus corações.
Horas após o incidente, o jovem branco de 20 anos chamado James Alex Field foi preso e acusado de homicídio doloso (com intenção de matar), segundo a polícia. A colisão deixou pelo menos outros 19 feridos.
Veículo amassado após atropelar Heyer e outros manifestantes (Foto: Win McNamee/Getty Images North America/AFP)
‘Heather queria deter o ódio’
A morte de Heyer causou comoção nacional e de milhares de pessoas ao redor do mundo.
Sua mãe, Susan Bro, disse ao site HuffPost que sua filha fora protestar contra a marcha supremacista porque “queria por um fim à injustiça”. “Heather era contra o ódio, Heather queria detê-lo”, declarou.
“Ela sempre teve um forte senso de certo e errado. Ela sempre, mesmo quando criança, era levada pelo que acreditava ser justo”, disse ainda.
Sobre o jovem responsável pelo ataque, Bro ainda comentou ao site: “Ele era muito jovem, eu lamento que ele acredite que o ódio poderia resolver os problemas. O ódio só traz mais ódio”.
James Alex Fields, de 20 anos, foi detido e acusado de homicídio (Foto: Albemarle-Charlottesville Regional Jail via AP)
Fonte: G1