Olá,

“Meu patrocínio”, a rede social que conecta ricos a ambiciosas.

Um “relacionamento com benefício mútuo”. É isso que a rede social Meu Patrocínio, lançada há dois meses no Brasil, pretende oferecer. Em outras palavras, ali se cadastram homens ricos e mulheres em busca de mimos/dinheiro. Nada melhor que a descrição do próprio site para explicar o significado de sugar dadies e sugar babies

Eles são “cavalheiros”, “patrocinadores” e “mentores” que querem namorar “as melhores e mais lindas garotas”, “princesas seguras e descomplicadas”. Elas são “jovens atraídas pelo sucesso de um homem”, interessadas em alguém que lhes proporcionem “compras, viagens fantásticas, ajuda de custo para a faculdade”“estabilidade financeira”. Entre os 12 mil perfis, a média de idade é de 39 anos para os sugar dadies e 23 anos para as sugar babies.

Polêmico. MUITO polêmico. “Ambos têm metas claras porque sabem o que merecem”, diz Jennifer Lobo, idealizadora do site. Filha de brasileiros, a relações-públicas de 28 anos cresceu nos EUA e carrega um forte sotaque americano. Nesta entrevista, disse que não há nada de prostituição nesse tipo de acordo – ela mesma já foi uma sugar baby.

 

Jennifer Lobo, criadora da rede social “Meu Patrocínio”, diz que já foi uma “sugar baby” (Divulgação)

– Este tipo de relacionamento é comum?

JENNIFER – Esses termos “sugar daddy” e “sugar baby” são novos no Brasil, mas claro que esse tipo de relacionamento já existe por aqui também.

– De onde veio a ideia dessa rede de relacionamentos?

JENNIFER – Sim. Eu estava trabalhando em Nova York anos atrás quando conheci esse tipo de relacionamento. Já fazia sucesso nos EUA, Canadá, Inglaterra e outros países. Pensei que talvez fosse uma coisa legal de trazer para o Brasil. Seis meses atrás eu comecei a estruturar e parece que está dando certo, as pessoas estão bem interessadas.

– Como funciona para ter um perfil no site e arrumar alguém?

JENNIFER – O cadastro é sempre gratuito para as “sugar babies”, elas podem montar o perfil e escolher que estilo de vida buscam. Os candidatos a “sugar daddy” podem se inscrever e ver perfis de graça também, mas só conseguem conversar com elas quando passam a pagar a mensalidade de R$ 169.

– Não é muito barato, mas parece pouco para um homem bem-sucedido disposto a pagar “mesada” para uma mulher… Como o site filtra os “sugar dadies”?

JENNIFER – Um homem ganhando R$ 5 mil talvez possa ter uma “sugar baby” que só quer jantares e pequenas viagens – não fora do país, mas algum lugar legal… Tudo depende das expectativas de ambos. Fora que as meninas podem filtrar pela renda os homens com quem querem conversar. Talvez, para o padrão de algumas delas, esse “sugar daddy” seja bem-sucedido.

– Você não acha que o site pode ser caracterizado como facilitador da prostituição?

JENNIFER – De jeito nenhum. A prostituição é uma transação entre sexo e dinheiro. Se o homem está buscando isso, existem lugares para encontrar. Não adicionamos ninguém no site que está procurando ou oferecendo prostituição. Todos os dias, uma equipe de cinco pessoas verifica os perfis para evitar essa situação. O que estamos trazendo é outra coisa.

Tem gente que consegue ganhar dinheiro fácil dos outros.

Fonte: Yahoo