Olá,
Os rodoviários de São Paulo mantiveram nesta quarta-feira, 21/05/14, o protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho e bloquearam ao menos 12 garagens no início desta manhã na capital paulista. Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), as empresas Santa Brígida, Gato Preto, Via Sul, Campo Belo e Sambaíba paralisaram as operações. Por volta das 7h, a viação Campo Belo voltou a operar e a garagem M’boi Mirim, da VIP foi paralisada.
Terminal da Lapa
Em meio aos atos de protestos de parte da categoria, o Terminal Lapa, na zona oeste da capital paulista, foi bloqueado . Na zona sul, oito ônibus foram usados para bloquear a avenida Guarapiranga, mas a via foi desbloqueada por volta das 6h.
Apesar das manifestações, até as 6h10 desta quarta-feira, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) afirmou que o rodízio de veículos seguia vigorando normalmente na cidade.
Ontem, o protesto da categoria paralisou pelo menos 15 terminais na capital. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), sindicalistas organizaram o ato e interromperam a circulação de veículos nos terminais Barra Funda, Expresso Tiradentes, Pinheiros, Lapa, Pirituba, Princesa Isabel, Amaral Gurgel, Sacomã, Bandeira, Casa Verde, Santana, Cachoeirinha, Butantã, Parque Dom Pedro e Varginha.
Por meio de nota, a direção do Sindicato dos Motoristas de São Paulo informou que foi surpreendida com as manifestações realizadas na cidade por alguns trabalhadores contrários ao acordo da campanha salarial deste ano.
Nesta segunda-feira, em Assembleia Geral, mais de 4 mil trabalhadores aprovaram a proposta apresentada que prevê, entre outros, o aumento de 10% no salário; ticket mensal de R$ 445,50; PLR de R$ 850,00; 180 dias de licença maternidade. Ficou determinada a criação de uma Comissão para discutir outras questões como convênio médico e situação do setor de manutenção. Segundo o presidente do Sindicato, Valdevan Noventa, será apurada a origem das manifestações e o real motivo do movimento.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse, em entrevista coletiva realizada ontem, não concordar com a greve de motoristas e cobradores de ônibus ocorrida nesta terça-feira na cidade, principalmente por não ter havido aviso. “Ainda que possa ter havido uma divergência, eu acho que a maneira correta de proceder não é levando para as ruas algo desconhecido”, disse. Nesta segunda-feira, o Sindicato dos Motoristas de São Paulo, que diz não ter relação com a paralisação, havia aceitado o reajuste proposto pelos empregadores.
“Há uma delegacia regional do trabalho, há uma Justiça do Trabalho que poderiam ser acionadas se houvesse legitimidade no pleito dessas pessoas”, completou Haddad.
O caos continua…
Fonte: Terra