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Maior ícone da luta contra o apartheid, ele ganhou o Nobel da Paz em 1993 e foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul.

Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, em 1996

Mandela passou quase três meses internado em um hospital em Pretória para tratar de uma recorrente infecção pulmonar. Ele terve alta em setembro e passou a receber cuidados médicos em sua casa em Johanesburgo.

Há alguns meses a África do Sul se prepara para o maior evento de sua história: o funeral de Nelson Mandela. Segundo diplomatas sul-africanos, será uma cerimônia da mesma dimensão do cortejo fúnebre de João Paulo II, em 2005, que atraiu 5 reis, 6 rainhas e 70 chefes de Estado. Jornais britânicos comparam o acontecimento ao funeral de Winston Churchill, em 1965.

 - Efe

Todos os ex-presidentes vivos dos EUA devem comparecer: Jimmy Carter, George Bush, pai e filho, e Bill e Hillary Clinton, que eram amigos pessoais de Mandela – além do atual presidente, Barack Obama, que deve levar a apresentadora Oprah Winfrey, que também era muito próxima do líder sul-africano.

Entre os chefes de Estado, certamente estarão David Cameron, da Grã-Bretanha, François Hollande, da França, Angela Merkel, da Alemanha. Eles deverão estar ao lado dos líderes do Brics, Vladimir Putin, da Rússia, Dilma Rousseff, do Brasil, Xi Jinping, da China, e Manmohan Singh, da Índia.

O príncipe Charles e muitas monarquias europeias também viajarão para a África do Sul para o funeral de Mandela.

Tudo isso representa, para o cerimonial do governo sul-africano, um verdadeiro pesadelo de logística e segurança.

“Será o maior acontecimento jornalístico em décadas”, disse Eusebius McKaiser, analista da Universidade de Witwatersrand, de Johannesburgo. De acordo com J. Brooks Spector, ex-diplomata americano e comentarista político em Johannesburgo, “será como organizar uma cerimônia de abertura e encerramento de uma Copa do Mundo”.

CERIMONIAL

Funcionários do governo já disseram para diplomatas estrangeiros que celebridades e chefes de Estado não poderão ter tratamento especial durante o funeral. Os recursos seriam priorizados da seguinte forma: primeiro com a segurança dos milhões de sul-africanos que querem se despedir de Mandela, depois dando atenção a outros líderes africanos e colegas que participaram dos movimentos de libertação do continente.

Os eventos do funeral só serão divulgados oficialmente pelo governo após consulta com a família Mandela. No entanto, a morte do ex-presidente já colocou em prática um protocolo do governo, elaborado há mais de um ano.

Os memorandos preveem de 10 a 12 dias de cerimônia, que incluem o embalsamamento do corpo, velório aberto ao público de três dias em Pretória, uma cerimônia fúnebre no Union Buildings, residência oficial da presidência, e o traslado do corpo para o vilarejo de Qunu, na Província de Eastern Cape, onde Mandela nasceu e será enterrado.

ACOMODAÇÃO

O maior desafio do cerimonial será acomodar tantos chefes de Estado, celebridades e jornalistas que cobrirão o evento, especialmente na aldeia de Mandela. Há rumores de que importantes emissoras de TV já teriam reservado hotéis em Pretória e até alugado pequenas casas rurais em Qunu. / REUTERS e AP.

Descanse em paz!

Fonte: Estadão & Veja