Olá,

Fazer as compras no supermercado envolverá uma logística mais complexa a partir de quarta-feira, 25/01/12, quando as sacolinhas plásticas deixarão de ser distribuídas gratuitamente em São Paulo.

Quem não quiser sair do estabelecimento com as coisas na mão terá de se “lembrar” de levar a sua própria ecobag ou carrinho de feira.

Existem tamanhos, modelos e materiais –papel, pano, lona, juta, plástico, plástico etc.– para todos os gostos, bolsos e exigências de uso.

Na melhor das hipóteses, o consumidor vai ganhar do supermercado uma caixa de papelão usada (há risco de contaminação) ou, novidade, terá de comprar uma sacolinha biodegradável por R$ 0,19 –alvo das mais ferozes críticas e resistências, respondidas pelos supermercado por um simples “não compre e leve sua ecobag”.

Os críticos dizem que essa sacola não resolve o problema porque não há compostagem, capaz de degradar lixo orgânico, no país.

Mas a sacola compostável é a que melhor se adapta à realidade de lixões e de aterros sanitários, onde elas se degradam em dois anos.

Sem coleta seletiva, o plástico vai para o mesmo lugar e demora mais de cem anos para se decompor.

LOGÍSTICA

A logística das compras exigirá também pensar como confinar em um mesmo espaço produtos secos, molhados, comestíveis e perecíveis com artigos de limpeza, inseticidas e líquidos químicos –outra das reclamações.

Quem usava a sacolinha para o lixo ou para coletar cocô de cachorro terá de comprá-la –outra reclamação.

E isso é só o começo da longa saga de responsabilidades, sacrifícios e custos financeiros que virão. Depois vem a coleta seletiva –a meta do país (não é só do poder público) é universalizá-la em 2014.

A mudança é fruto de um acordo dos supermercadistas; não tem força de lei, participa quem quer. Se algum furar não acontece nada, é um acordo.

Por que os supermercados? Porque eles despejam 90% dessas embalagens no país, daí a iniciativa setorial de “cuidar” desse assunto.

Será assim com todas as cadeias produtivas. O novo marco regulatório dos resíduos sólidos prevê que cada uma defina como retirar de circulação resíduos que produzirem –como os mercados farão com as sacolinhas.

Sou totalmente contra a extinção das sacolinhas e digo por quê.

Quando nós usamos um carrinho de feira, os alimentos são colocados ali isoladamente, cada um no seu saco plástico e o risco de contaminação é bem menor, já com as novas sacolas de  uso continuo, os alimentos ficarão todos misturados sem qualquer proteção aumentando o risco de contaminação… Mesmo que você a lave, não conseguirá matar todos os germes e bactérias ali criados. Sem falar que vamos precisar deixar as sacolas no carro, afinal se você precisar comprar alguma coisa de última hora, precisará de sacolas e mais contaminação dela ter ficado ali exposta…

Ao comprar qualquer coisa, já pagamos impostos sobre o produto e teremos que pagar R$ 0.19 por sacolinha plástica? É demais!!! Nosso dinheiro não é capim… 

Acabamos com as sacolinhas e compramos mais sacos de lixo? Onde houve a melhora para o meio ambiente? Antes as sacolinhas tinham dupla função de carregar as compras e depois eram reaproveitadas como lixo e era o mínimo que o estabelecimento fazia para seus clientes, fornecerem a sacolinha, entre aspas, de graça.

A produção de sacolas nas empresas irão cair, com isto mais gente desempregada!!!

Fonte: Folha On-line