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O acúmulo de gás dentro do restaurante que explodiu na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, é a principal hipótese do Corpo de Bombeiros para o acidente. De acordo com a corporação, com o restaurante fechado devido ao feriado, o gás pode ter vazado durante todo o dia de ontem e a explosão pode ter acontecido quando os funcionários acenderam as luzes do local hoje de manhã.

A explosão ocorreu por volta das 7h40, na praça Tiradentes, no centro do Rio e deixou ao menos três mortos e 17 feridos, sendo três em estado grave. Todos os feridos foram socorridos ao hospital Souza Aguiar, segundo o comandante do 5º Batalhão da PM (Praça da Harmonia), Amaury Simões.

Bombeiros, membros da defesa civil e polciais trabalham no Rio, onde um restaurante explodiu

Restaurante Filé Carioca

O local está isolado. As ruas da Carioca, Assembleia e Visconde de Rio Branco estão interditadas, de acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), está no local. Além de bombeiros e PM, equipes da prefeitura, da CET, Guarda Municipal e Comlurb também se deslocaram para a praça Tiradentes.

“VI O PESSOAL VOANDO”

A explosão foi tão forte que os corpos das vítimas foram arremessados a cerca de 30 metros e encontrados do outro lado da rua. O Corpo de Bombeiros ainda faz buscas para encontrar outras possíveis vítimas.

Restaurante Filé Carioca, que explodiu nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, em imagem do Google Earth

O catador de latinhas Daniel Ferreira Luz de Oliveira, 34, viu o momento da explosão. “Eu estava do outro lado da calçada catando latinha quando ouvi um estrondo enorme. Vi o pessoal voando já tudo morto pro outro lado da calçada. Com o calor, já estavam até sem roupa. O impacto foi tão grande que chegou a derrubar um poste. Nunca vi uma cena daquela. Ficou gravada na minha cabeça”, disse.

O restaurante ficava no andar térreo de um prédio comercial. A explosão atingiu lojas até ao menos o 7º andar do edifício e dois estabelecimentos na lateral –uma loja de eletrodomésticos e uma sorveteria.

Cristiane Souza Garcia, 28, é dona de uma loja no segundo andar do prédio. Emocionada, ela conta que terminou de arrumar a loja de cabelos duas semanas antes da explosão. “A loja está destruída. Faz uma semana que a gente ajeitou ela”, diz.

Chorando muito, Cristiane diz que, se não tivesse se atrasado para levar a filha para a escola hoje, poderia estar na loja no momento da explosão.

Lyllyan

Fonte: Folha On-line