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Os advogados do cardiologista Conrad Murray, acusado de responsabilidade na morte do cantor Michael Jackson, alegam que o juiz que presidirá o julgamento está enfraquecendo as estratégias da defesa ao impedir a convocação de testemunhas importantes. O magistrado Michael Pastor, da Corte Superior de Los Angeles, descartou depoimentos de pessoas ligadas à vida privada do Rei do Pop que considerou desnecessário.

Só em desenho para o Dr. Conrad Murray conhecer uma cela

O julgamento vai avaliar o envolvimento de Murray no desenvolvimento do vício do cantor em medicamentos contra dor e soníferos. A acusação afirma que o tratamento contra insônia ministrado pelo acusado levou o artista à dependência e a uma overdose fatal em 25 de junho de 2009. A defesa levanta a hipótese de suicídio e traça o perfil de um homem desesperado com suas dívidas e assustado com o mundo do entretenimento. Os depoimentos de amigos e assistentes serviriam para confirmar que Michael já apresentava sintomas de vício em anestésicos antes de começar o tratamento com Murray.

Depoimentos levariam a um perfil íntimo do Rei do Pop

Entre os excluídos da lista de testemunhas de defesa estão pessoas que trabalhavam com Michael Jackson há muito tempo, como o gerente de negócios e o dermatologista. Também foi dispensada uma amiga do cantor, convocada por afirmar à polícia que Michael havia pedido-lhe ajuda para conseguir o medicamento que o levaria à morte, o anestésico propofol. Outro depoimento barrado pelo juiz é o da babá dos filhos de Michael, que diz ter recebido uma ligação dos filhos do cantor quando as crianças encontraram o pai desmaiado no chão após tomar uma dose excessiva de remédios.

Tribunal quis evitar a dispersão 

O juiz Michael Pastor justificou as eliminações afirmando que o teor dos testemunhos dispersaria o foco do julgamento. “Discussões sobre estes assuntos são suficientemente complicadas, destrutivas e depreciativas”, disse ele ao Los Angeles Times. O juiz também bloqueou a abordagem de assuntos referentes à acusação de abuso sexual de menores, da qual Michael Jackson foi absolvido em 2005. A defesa pretendia convocar um policial que teria encontrado propofol no rancho do artista, Neverland, na época da investigação, em 2003.

Um dos advogados de Conrad Murray reagiu às restrições da Corte Superior garantindo a bravura da equipe de defesa. “Uma enorme parte de nossa estratégia foi retalhada”, admitiu Edward Chernoff ao LA Times. “Mas se nós tivermos que ir à uma batalha de tanques usando um canivete, é exatamente o que faremos”, afirmou o jurista.

Será que a coisa está ficando feia para o Dr. Conrad Murray?!

Lyllyan

Fonte: UAI