Os músicos norte-americanos Chris Brown e Ciara receberam várias ovações pelas suas coreografias e toques de krumping, break dance, wave, step, dos mais de 50 mil espectadores presentes no festival “Unitel 10 anos Contigo”, realizado domingo, no Estádio da Cidadela.Chris Brown, a estrela norte-americana tão aguardada pelos espectadores, subiu ao palco pouco antes da meia-noite, para interpretar algumas das suas canções pop e r&b mais conhecidas do público angolano.
No jeito que lhe é peculiar de se apresentar em palco, de jeans e ténis, e acompanhado por um baterista e um DJ, a vedeta norte-americana, que fez a maior parte da sua actuação de 50 minutos sem t-shirt, foi a última atracção do espectáculo.Chris Brown cativou uma plateia maioritariamente composta por mulheres, que não se cansaram de aplaudir a actuação do norte-americano, cheia de acrobacias de fazer calafrios e a interpretação de músicas românticas, que fazem parte das edições especiais dos seus dois mais recentes trabalhos discográficos: “Graffiti” e “F.A.M.E.”.
“Transform ya”, “Yeah 3X”, “Forever”, “Deuces”, “Look me now”, “All back”, “She ain´t you”, “My last” e “Beautful People” foram os temas que receberam mais aplausos do público durante todo o concerto.O segundo espectáculo dos 10 anos de existência da UNITEL ficou ainda marcado pela actuação, de peso, dos músicos norte-americanos Fat Joe, Ciara, Lil’Kim e DJ Scratch, ausentes do primeiro Festival por razões não reveladas na altura.
Pela primeira vez em Angola, Ciara e Lil’Kim seduziram o público cantando os seus sucessos de toques bastante sensuais. Ciara mostrou ter uma enorme legião de fãs em Luanda. A bailarina, modelo e compositora, interpretou “1, 2 Step”, “Goodies”, “Lose control”, “Like a boy” e “Ho”. Ladeada de bailarinos, a muito aguardada artista arrancou inúmeras palmas e viu as suas músicas serem acompanhadas em uníssono. O público mostrou-se muito atento às coreografias da cantora, que exibiu uma bandeira de Angola e interpretou uma canção em homenagem a África, da autoria do senegalês Akon.
Lil’ Kim cantou “Billie Jean”, de Michael Jackson, “One more change”, do lendário rapper norte-americano Notorious B.I.G, “Empire State of Mind – New York”, de Jay-z e Alicia Keys, e o seu sucesso “Put your lights up”, mas não conseguiu pôr a assistência a vibrar, por as suas músicas serem desconhecidas para a maior parte dos presentes.
Pela terceira vez em Angola, o norte-americano de origem porto-riquenha Fat Joe, que tentou comunicar com o público em espanhol, soltando palavras como “Angola yo te quiero mucho…”, cativou o público com alguns sucessos, como “Lean Back”, “My fofo”, “Make it rain”, “Im so hood” e “We takin over”.Enquanto os seus confrades cantaram, o DJ Scratch animou o espectáculo com misturas de alguns sucessos de hip hop.
A prata da casa
Artistas angolanos, entre os quais Army Squad, Zona 5, Big Nelo e Anselmo Ralph, fizeram as honras da casa e foram entusiasticamente aplaudidos.O romântico Anselmo Ralph apresentou as músicas do seu mais recente single, “A dor do cupido”. “Não me toca”, “Animal”, “Está difícil” e “Recuar” foram outras canções interpretadas pelo músico.
O grupo Army Squad, que não actuava em Luanda há mais de quatro meses, devido à sua agenda de compromissos artísticos no exterior, deixou bem patente a sua marca, interpretando “San é”, “Hip hop a morrer”, “Crunk go go” e “A diferença”, seguido por um público bastante participativo, do princípio ao fim.Aliás, foi isso mesmo que também aconteceu durante os temas “Magala”, “Dia do homem”, “Sou solteiro” e “Levanta o vestido”, do quarteto Zona 5, provando o sucesso do seu segundo disco, intitulado “Impressões Digitais”. Big Nelo foi outro angolano em destaque, interpretando alguns mix’s dos seus últimos sucessos.
Os irmãos Nicols e Walter Ananaz puseram toda a gente a dançar com “Mboia” e “Bomba”. Os Lambas, Danny L, Os Tunesa, Yola Araújo e Ady Cudz Cage One foram outros artistas recebidos com fortes aplausos.Um louvor para a organização por ter colocado uma lona por cima da relva para não danificar o tapete do Estádio Nacional da Cidadela e pelo quadro ordeiro que se observou antes, durante e depois do espectáculo (sem grandes sobressaltos), com o corpo de efectivos da Polícia Nacional a garantir a segurança. Realce ainda para a presença dos bombeiros e a existência no recinto de alguns postos de emergências médicas.
Carol.
Crédito: Jornal de Angola.