Olá,

Se você perguntar pra alguém do show do U2 em São Paulo, é quase certo que o primeiro comentário será sobre o telão. Com razão: nunca antes na história do rock houve um telão como o da turnê 360º. 

Apresentando nitidez de televisão HD e imagens com textura de cinema, a estrutura dava uma volta completa por cima do palco. Graças a essa tecnologia, qualquer um no Estádio do Morumbi teve uma visão de qualidade do show do grupo. Na metade da apresentação, a estrutura desceu, se desmembrando em dezenas de telas menores.

A banda anunciou sua chegada ao palco com duas músicas completamente diferentes. A primeira pegou todo mundo de surpresa, mas foi muito bem recebida: “Trem Das Onze”, de Adoniran Barbosa, com os Demônios da Garoa, uma maneira do U2 prestar tributo a São Paulo. Logo em seguida, entrou “Space Oddity”, de David Bowie.

Pouco depois, a banda entrou no palco e começou a tocar “Even Better Than the Real Thing”. O público, que já dava sinais de impaciência pela pausa depois do Muse, explodiu com gosto. Na sequência, veio “I Will Follow”, do disco de estreia do grupo, Boy, de 1980.

Com o público na palma da mão, Bono Vox e companhia foram e voltaram pelas diversas fases do grupo: Mysterious Ways, Get On Your Boots, I Still Haven’t Found What I’m Been Looking For, Sunday, Bloody Sunday, Beautiful Day, Miss Saravejo.

O show 360º do U2 é de fato um espetáculo multimídia. As imagens do telão são metade da graça do espetáculo. Qualquer banda se daria bem com um acessório desses. Mas, sendo U2, com seu repertório consagrado e domínio de palco, o arrebatamento é certeiro.

Antes de tocar “Walk On”, no final da apresentação, Bono falou e dedicou a música à ativista Aung San Suu Kyi, de Mianmar, Prêmio Nobel da Paz libertada no fim de 2010 após 20 anos presa. No telão, o logo da ONG de direitos humanos Anistia Internacional era projetado.

Depois vieram dois bis: o primeiro foi intenso, com “One e Where The Streets Have no Name”. O segundo trouxe “Thrill Me, Kiss Me, Kill Me” e “With or Without You”. O segundo foi carregado de emoção: bem no final, Bono lembrou o massacre da escola no Realengo e pediu que o público levantasse os celulares. No telão, foram exibidos os nomes das crianças mortas.

O U2 faz o segundo show em São Paulo neste domingo (10) e na quarta (13). Os ingressos para as duas apresentações estão esgotados.

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Lyllyan

Fonte: Virgula