Olá,
Colaboradora: Anele
Mais um sem fundamento:
Esperava-se muito mais do videoclipe “Hold My Hand”, dueto póstumo de Michael Jackson, morto em 25 de junho de 2009, com o cantor Akon. Dirigido por Mark Pellington, para canção que começou a ser gravada em 2007 e agora é o primeiro single do álbum póstumo Michael, o videoclipe chama atenção por utilizar várias referências ao ídolo que revolucionou esse formato audiovisual e fez dele algo imprescindível para o sucesso de um artista, de uma música e de um disco, mas peca em quase não mostrá-lo no vídeo.
A escolha do diretor Mark Pellington é mostrar pessoas dando as mãos e confraternizando umas com as outras, bem de acordo com a letra da canção: “This life don’t last forever (hold my hand) / So tell me what we’re waitin for (hold my hand) / Better of being together (hold my hand) / Than being miserable alone (hold my hand)” (“Essa vida não dura para sempre (segure minha mão) / Então me diga o que nós estamos esperando (segure minha mão) / Melhor viver junto (segure minha mão) / Do que ser infeliz sozinho (segure minha mão)”. Nesse aspecto, o que é indiscutível no videoclipe é a qualidade do registro de imagens extremamente belas, numa edição caprichada e calcada bem em cima do ritmo da música, obedecendo aos seus climas mais intensos e suaves.
A primeira referência a Michael Jackson em “Hold My Hand” é a possível sombra dele dançando numa imensa parede. A partir daí, são mostradas algumas imagens do rei do pop durante shows, fazendo gestos que o consagraram, e referências projetadas em várias crianças, que dançam e se vestem como ele e têm o pôster do álbum Thriller no quarto. Outras referências aparecem na luva que ele costumava utilizar, no desenho de seu rosto num muro e na fotografia dele segurando uma criança. São interessantes as sequências em que os garotos parecem dançar com o astro.
No final, quando a música já terminou, escuta-se o som ambiente e a sombra de alguém pisando na água em cima da estrela do artista na Calçada da Fama. Essa é uma referência às sequências finais do videoclipe “Black Or White” (1991), dirigido por John Landis (o mesmo de “Thriller”), quando uma pantera se transforma no artista, que dança na rua. A estreia desse videoclipe aconteceu simultaneamente em 27 países, com audiência de 500 milhões de telespectadores, tornando-se a produção mais vista até então. Outra curiosidade desse videoclipe é que foi durante as gravações dele que Michael Jackson conheceu o astro mirim Macaulay Culkin, que faz uma participação especial na produção e se tornou um de seus melhores amigos
O cineasta norte-americano Mark Pellington já dirigiu videoclipes muito mais originais e criativos do que “Hold My Hand”, sempre primando pela qualidade primorosa do registro das imagens e da edição. Entre eles, está a versão mais famosa do videoclipe “One” (1991), do U2, que mostra o título da canção em várias línguas e imagens de flores e búfalos correndo em câmera lenta, em preto e branco e meio enevoadas. Essa produção bastante experimental foi recusada pela banda irlandesa que não a considerou boa para a divulgação do single.
Mark Pellington é também o diretor de “Jeremy” (1992), da banda grunge Pearl Jam, que mostra a história de um garoto que se vinga após sofrer bullying na escola. O videoclipe chama atenção pelo contraste de diferentes tipos de iluminação e pela sensação de “sujeira” provocada pela colagem de animações, imagens em velocidades alteradas, congeladas, tremidas e desfocadas, e pela utilização de elementos gráficos, como textos e páginas de jornal. Assista ao vídeo de “Jeremy”.
Sem apresentar grandes novidades e ser uma produção que merece pouco destaque na carreira tanto do artista Michael Jackson, como do diretor Mark Pellington, “Hold My Hand” é muito inferior a outros videoclipes póstumos. Oito anos após a morte de Kurt Cobain, foi realizado, em 2002, o videoclipe “You Know You’re Right”, da banda dele, Nirvana, dirigido por Chris Hafner para a divulgação da primeira coletânea de sucessos que leva apenas o nome da banda. A produção é bastante simples, misturando apenas imagens e fotos de arquivo, principalmente de shows, com diferentes qualidades, origens e tons de cores, numa edição eletrizante, que acompanha a pulsação da música. Com isso, estabelece-se forte contato principalmente com os fãs.
Outro caso de produção póstuma, já que os Beatles haviam se separado em 1970, é a obra-prima “Free As A Bird” (1995), dirigida por Joe Pytka, para a divulgação da série de documentários “The Beatles Anthology”. Esse videoclipe é quase um quebra-cabeça audiovisual de referências à história dos rapazes de Liverpool. Tiveram até alguns beatlemaníacos que espalharam pela internet listas com todas essas referências segundo a segundo (veja aqui).
É uma pena que “Hold My Hand” seja um videoclipe tão convencional e pouco criativo diante de um manancial de imagens deixadas por Michael Jackson e dos exemplos de produções póstumas de outros grandes artistas. O diretor Mark Pellington parece ter optado por deixar de lado o experimentalismo manifestado em outros de seus videoclipes e valorizar o aspecto mais comercial. Com isso, ele realizou uma produção que pouco acrescenta à obra do rei do pop e à história do formato audiovisual que ele ajudou a transformar em algo fundamental na música no último quarto do século XX.
Fonte: Yahoo
achei o clipe lindo, me emociono toda vez q vejo, é claro q se Michael estivesse “vivo” o clipe sairia perfeito, porem, ele não esta não é? Acho q as pessoas estao querendo demais de uma pessoa q não esta mais entre nós. Michael e perfeccionista, acho q nós fãs não deveriamos ser tbm.
Achei tbm que faltou mais presença de Michael no clipe, tem tantas fotos dele belíssimas.Acho que o clipe poderia ter tido um conteudo mais profundo,já que era um presente para Michael e fãs ,por ter ficado tanto tempo, a gente olhava a telinha e nada de clipe de Jackson e derrepente esta alegria… foi lindo…. mais acho que poderiam ter sido feito bem melhor e bota melhor nisto.Imaginem Michael o que teria feito para este clipe?Nossaa… dá até um arrepio só de pensar como ficaria divino.Te Amo Michael!