Norah Jones reuniu 22 mil pessoas no Monumento da Independência, em São Paulo, neste domingo. Com entrada gratuita, houve fila para entrar. Tanta, que, segundo a assessoria de imprensa, 18 mil ficaram de fora por conta do limite de capacidade do parque estipulado pelo Contru, mas acompanhavam show por telão.A jazzista cantou 20 músicas, com destaque para as canções de seu último trabalho The Fall.

Ao lado das grades, duas horas antes do show, já se formava uma fila quilométrica. Mais à frente, uma barreira de policiais revistava algumas bolsas e outras não. Várias pessoas passaram sem ser revistadas. Ao lado, acumulavam sacos de guarda-chuva – objeto proibido no show. “Vamos deixar os guardas-chuvas atrás do palco, depois vocês podem pegar lá”, dizia uma das produtoras do show.

Garrafas de plástico eram permitidas, mas nem tão necessárias. A Sabesp estacionou um caminhão pipa a cerca de 500 metros do palco e estava distribuindo água potável em copos descartáveis. Durante o show, funcionários da Sabesp caminhavam entre o público para distribuir água.

  Espectativa antes do show

Acostumada com Gucci e Louis Vuitton, a porta giratória do hotel Fasano rangeu quando passou o mochilão da hóspede mais famosa de ontem. Norah Jones carrega sua própria bagagem. E anda à rua com parte da banda. Quando anda. Em dois dias de estada paulistana, a cantora só mostrou a cara (sem maquiagem) fora do hotel de luxo a cinco horas do show.

Enquanto isso, sua equipe passeava pelos Jardins e voltava carregada de sacolas de lojas como Galeria Melissa e Maria Bonita. Parados para conversar, os gringos diziam que o grupo estava exultante com a turnê pela América do Sul, mas que só Jones falaria sobre Jones. Como falou, sorrindo, no caminho entre as portas do hotel e do carro. “Vai ser ‘cool’”, diz do show para que se encaminhava. Mas “cool” que nem o tempo, friozinho, ou no sentido de bacana, descolado? “Os dois”, riu ela, “vai ser duplamente ‘cool’”. Triplamente. Para o fato de a entrada para a apresentação ser gratuita, ela disse “é ótimo”. Isso sem saber o tamanho recorde do público que a esperava.

Chegando no Parque da Independência, ela passou o som por quarenta minutos e vai para seu “camarim”, atrás do palco. No caso, os pés do Monumento à Independência, estátua de Dom Pedro I gritando o nascimento do País. Em roda com os colegas de palco, dedilhou um blues no violão, sem cantar, e fez piada. De si mesma.

Fonte: Estadão.

Kelinha.