Viena (Áustria) – Um novo teste para quem vive com HIV/aids foi apresentado na XVIII Conferência Internacional de Aids em Viena, encerrada no sábado (24). O procedimento ajuda o médico a monitorar de forma mais rápida a quantidade de células defensoras (CD4) no organismo para melhor controle e acompanhamento na resposta do sistema imunológico da pessoa ao vírus da aids.
O exame não precisa de estrutura laboratorial complexa. A verificação de CD4 pode ser utilizada de duas formas: com um simples furo no dedo (punção digital), como aquelas feitas por diabéticos para conferir a taxa de glicose; ou por coleta intravenosa de sangue. Na punção digital, o profissional de laboratório faz a detecção com uma gota de sangue. Já o outro modelo precisa de um equipamento de pequeno porte para manipulação das amostras e reagentes.
O resultado sai em 20 minutos e fica mais fácil o médico discutir com o paciente o momento adequado para a introdução da terapia antirretroviral como forma de controle da quantidade de HIV no sangue. Para quem toma o coquetel antiaids, a tecnologia contribui para verificar se os remédios tomados estão proporcionando redução da carga viral. Um estudo sobre o custo e efetividade do procedimento está em andamento no Brasil.
Hoje, a contagem de CD4 é realizada em 90 laboratórios distribuídos por todo o território brasileiro. Só em 2008 foram realizados mais de 545 mil exames. O teste rápido de CD4 tem por objetivo ampliar e facilitar o acesso ao diagnóstico em lugares que não têm estrutura laboratorial ou onde a população não tem como procurar os serviços de saúde. A Unidade de Laboratórios do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde estuda a possibilidade de incorporação da tecnologia ao sistema de saúde brasileiro.
Fonte: www2.aids.gov.brKelinha.