“Edite imagens com toda a simplicidade de um programa que promete roubar o lugar dos grandes!”

Em um mundo repleto de opções para editar  fotos fica complicado encontrar uma ferramenta simples e que ofereça recursos tão bons quanto os softwares profissionais. Basta analisar a partir de programas consagrados como Adobe Photoshop, GIMP e o emergente Paint.NET para saber que a concorrência é grande e, às vezes, pode ser até desleal.

Ainda assim, muitos editores independentes, originados em projetos do tipo open source têm conquistado cada vez mais espaço neste mercado. Talvez se trate de algum tipo de opção pela simplicidade ou suporte para iniciativas do tipo, mas é notável o crescimento do uso de softwares que possuem essa licença. É exatamente nesse rastro que vem o Pinta.

O programa é uma espécie de junção do GIMP com o Paint.NET e promete descomplicar muito a sua utilização enquanto edita as imagens. Apesar de não ter todas as suas funcionalidades ativas, o Pinta consegue desempenhar muito bem aquelas que já estão disponíveis para uso. Entretanto, é preciso lembrar-se de um detalhe importantíssimo antes de sequer fazer o download do instalador do programa.

Cuidados iniciais
Primeiro, você precisa instalar o “GTK# for Windows” – caso este seja o seu sistema operacional. Se você for um usuário de computadores da Apple, precisa instalar o “Mono for Mac”.

Depois disso, já é possível baixar e instalar o editor sem nenhum problema. Entretanto, lembre-se de que este primeiro passo é fundamental para que o seu computador esteja apto a rodar a biblioteca de recursos do Pinta.

Prazer em conhecer

Logo que as bibliotecas estejam instaladas e o programa estiver funcionando corretamente, você já pode começar a se divertir. Quando você se depara com o Pinta, repara que já viu este rosto antes. A interface do editor é totalmente baseada no Paint.NET, mas consegue oferecer algumas coisas que o outro programa não tem.

Essa diferença fica bastante clara quando se repara nas caixas de ferramentas e paletas de cores que no outro editor estão soltas. Além disso, a estrutura que ele utiliza chega a lembrar um pouco àquela que está presente no GIMP. Como se trata de duas barras laterais, o Pinta tem bastante semelhança. Ainda assim, tem o bônus de mantê-las fixas.

A interface fixa é um ponto alto!

Na barra da esquerda, você encontra todas as ferramentas e cores para criar elementos novos na sua imagem. À direita, há o controle de camadas e histórico de ações. Estes dois recursos são extremamente úteis a quem pretende criar elementos separados, que possam ser editados em separado.

Imperfeições

Algumas ferramentas estão indisponíveis!

Como todo programa em desenvolvimento, o Pinta também oferece algumas imperfeições. Neste caso, elas ficam muito visíveis justamente pelo fato de ele ainda não ter sido totalmente fechado. Isso significa que algumas ferramentas como editor de texto, carimbo, gradiente e seleção via varinha mágica ainda estão inativas.

Você pode experimentar alguns problemas em abrir imagens, dependendo da localização delas. Esse tipo de erro acontece, geralmente, quando os arquivos estão em algum local de rede ou algo parecido. Por isso, é recomendável transportar os arquivos para o seu computador.

A paleta é muito parecida com a do Paint Brush!

Outra questão que pode incomodar aqueles que já têm um pouco mais de experiência com editores de imagem é a paleta de cores. Isso acontece devido ao fato de o Pinta trabalhar apenas com as cores que até mesmo o próprio Paint Brush – editor de desenhos nativo do Windows – tem. Assim, se você desejar fazer algum trabalho com outros matizes, não será possível.

Ajustes

Apesar das imperfeições, o Pinta tem alguns recursos bastante interessantes. Boa parte deles se refere aos ajustes e controles de brilho, contraste, curvas e saturação das cores na imagem. Para fazer esse tipo de alteração na sua foto, você só precisa acionar o menu “Adjustments” e escolher a opção que couber melhor ao seu objetivo.

Ajuste sua imagem

Ainda assim, as opções ainda não estão funcionando a todo vapor! Quando você precisar alterar qualquer uma dessas opções, prepare-se para fazê-lo às cegas. O Pinta não possui o modo “Preview” para garantir que o trabalho seja acompanhado passo a passo.

Trabalhar às cegas é complicado!

Efeitos

Adicione efeitos!

Talvez um dos pontos altos do Pinta realmente seja os efeitos que ele traz. Esse recurso é equivalente ao “Filtros” do Photoshop e outros editores de imagem. Entretanto, devemos medir muito bem as proporções. Enquanto o programa da Adobe tem os seus milhares de filtros e a possibilidade de adicionar novos deles, o Pinta possui apenas cinco.

Se o seu objetivo é fazer um pequeno ajuste na imagem para deixá-la com aparência de desenho, quadro ou adicionar áreas borradas pelo desfoque gaussiano e até mesmo usar o brilho para destacar outras partes, este programa cumpre sua função.

Interessado em desenvolver?

O Pinta está aberto a novas contribuições. Se você é um desenvolvedor e gostaria de acrescentar algo ao programa, pode fazê-lo através do Mono – disponível para todas as plataformas operacionais. Assim, se aquela ferramenta de que você tanto gosta não está no seu editor, você mesmo pode colocá-la ali!

Dica interessante do: BaixaKi


Victor Menezes